domingo, 8 de março de 2015

Parte de dinheiro de Eike some do cofre da Justiça

A Corregedoria do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro está investigando o sumiço de parte do dinheiro que estava em poder da 3ª Vara Criminal Federal do Rio, responsável pelo caso envolvendo o empresário Eike Batista. De acordo com a revista “Veja”, sumiram parte dos R$ 116 mil recolhidos na casa do empresário e outros R$ 600 mil que haviam sido apreendidos do espanhol Oliver Ortiz de Zarate Martin, preso no Rio em junho de 2013, por tráfico internacional de drogas.
A 3ª Vara Criminal é comandada pelo juiz Flávio Roberto de Souza, que foi afastado do caso envolvendo Eike pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo próprio Tribunal Regional Federal do Rio. Segundo a “Veja”, o sumiço do dinheiro foi constatado após o início da investigação feita por uma junta de juízes designada pela Corregedoria do Tribunal. A revista informou ainda que o juiz Souza não era o único a ter acesso ao cofre onde estava guardado o dinheiro.
Procurado, o Ministério Público Federal (MPF) confirmou o teor da reportagem da “Veja”, mas não deu mais detalhes. Alegou que o caso será objeto de investigação. Em nota, o MPF disse ainda que “o juiz está sendo investigado pela Corregedoria regional do Tribunal Regional Federal e criminalmente pelo Ministério Público Federal, mas a investigação está em sigilo por enquanto”. Não foi conseguido contato com o Tribunal Regional Federal do Rio. O juiz também não foi encontrado.
Souza foi afastado do caso envolvendo Eike após ser flagrado, há duas semanas, dirigindo um Porsche do empresário que havia sido apreendido pela Justiça. O juiz ainda mantinha em sua garagem, em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, outros dois veículos que pertenciam à família de Eike, e um piano do empresário foi encontrado na casa de um vizinho de Souza. No início da última semana, uma junta médica do Tribunal concedeu licença de saúde ao juiz até 8 de abril.
Procurada, a defesa de Eike Batista afirmou ter ficado estarrecida com mais esta acusação. E disse estudar uma medida para requerer imediatamente o desbloqueio de bens e valores do empresário:
— Com este novo fato, começamos a entender o porquê o juiz estar agindo de forma descabida, violenta, arbitrária e com crueldade. Já que os bens forma usados indevidamente, entendemos que se faz urgente, por ser de direito, a devolução de todos os bens ao Eike — disse o advogado Ari Bergher.
Para o advogado de defesa do empresário, ao critica a atuação do juiz e conseguir seu afastamento do caso, a defesa de Eike Batista “agiu em favor da sociedade e do judiciário”.
— Mas queremos deixar claro que se trata de um caso isolado, de uma exceção no Judiciário.
O Globo


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