sábado, 28 de fevereiro de 2015

Janot tem a segurança ameaçada

 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou ontem que tem sua segurança ameaçada. Ele afirmou que há “fatos concretos” que o obrigam a adotar medidas para garantir sua integridade física. Ele revelou que citou como exemplo a invasão de sua casa, no fim de janeiro. Mas disse não saber se o risco está relacionado a algum caso específico, como a Operação Lava Jato, que envolve denúncia do envolvimento de dezenas de políticos com desvio de recursos da Petrobrás.

“Não sou uma pessoa assombrada. Mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção”, disse Janot. “Minha casa foi arrombada. Essas pessoas estiveram, por conta dos alarmes, no mínimo por oito minutos dentro da minha casa e levaram um controle de garagem. Tinha lá uma pistola .40 com três carregadores, máquina fotográfica e tudo quanto é coisa de valor. E a única coisa que foi levada foi o controle do portão”, contou.

Segundo Janot, a partir da invasão, ele começou a receber relatórios periódicos de inteligência sobre possíveis ameaças à sua vida. “E nos relatórios últimos, parece que aumentou um pouquinho o nível de risco. Por isso as precauções”, observou, pouco antes de participar, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, de ato de repúdio a um atentado sofrido pelo promotor Marcos Vinícius Ribeiro Cunha, realizado sob forte aparato de segurança

Na noite de quarta-feira, 25, o procurador-geral se encontrou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em reunião que não estava agendada, na qual o ministro avisou a Janot sobre um aumento do risco à sua segurança detectado pela área de inteligência do governo. Uma das recomendações que Cardozo teria feito ao procurador-geral foi para que ele evitasse voos de carreira. Janot chegou a Uberlândia hoje e voltou para Brasília em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). E confirmou que a reunião com o ministro “com certeza” foi para tratar de sua segurança.

Na próxima semana, o procurador-geral da República deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquéritos contra dezenas de políticos acusados de envolvimento no bilionário esquema de desvio de recursos da Petrobras investigado por meio da Operação Lava Jato. O caso já levou ex-diretores da estatal e executivos de algumas das maiores empreiteiras do País para a prisão. 

Fonte:Tribuna do Norte

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