quinta-feira, 16 de maio de 2013

Servidores da saúde iniciam Campanha Salarial 2013


Mais de 200 servidores estaduais da saúde participaram de Assembleia Geral organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), realizada na manhã desta quinta-feira (16), no auditório do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado (Sinpol), no Centro de Natal.
Na ocasião, foi apresentada e debatida a campanha salarial de 2013, a pauta de reivindicações e o calendário de mobilizações da categoria. Os servidores também foram informados pelo Sindicato sobre a perda salarial da categoria nos últimos anos e as distorções na aplicação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), através de um levantamento feito pelo Sindsaúde.
De acordo com a coordenadora-geral do Sindsaúde, Simone Dutra, a categoria está prejudicada, pois os salários são os mais baixos entre todos os servidores do Estado. “Há 14 anos a tabela de remuneração dos servidores está engessada. Os anos se passaram, a inflação aumentou e mesmo assim, os salários não acompanharam essas mudanças. Os servidores de saúde do Estado recebem bem menos que os servidores do Município e dos hospitais universitários desempenhando exatamente as mesmas funções ou até mais, e isso não é justo. Com isso, o que se vê hoje são servidores que chegam a receber um salário-base inicial de R$ 622, menos de um salário mínimo. Para complementar a renda muitos têm que exceder suas horas de trabalho, fazendo jornada dupla, porque não recebem um salário digno. Isso é um falta de respeito para com os servidores da saúde”, afirmou Simone.
Entre as reivindicações apresentadas na pauta, os servidores pedem extensão do salário-base, a revisão imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a mudança dos servidores que trabalham no prédio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), que alegam que o prédio está em condições precárias. Outra reivindicação incluída na pauta dos servidores é  o cumprimento de uma tabela de qualificação.
Para a servidora Marilu Vieira, o fato de o Governo não cumprir uma tabela de qualificação que gratifique os servidores que buscam o aperfeiçoamento, é desestimulante. “Sou citotécnica e tenho nível superior, mas não recebo o referente à minha formação, ainda recebo como técnica. Tenho também diversos cursos específicos que fiz para minha qualificação profissional, e que influenciam diretamente na realização do meu trabalho. Infelizmente nada disso é levado em conta, você faz cursos e mais cursos, mas o Governo não te remunera de acordo com suas qualificações”, disse.
Todas as propostas apresentadas pelo Sindicato durante a assembléia foram aceitas pelos servidores e serão entregues para o Governo do Estado.  A primeira mesa de negociações permanente com o Governo está marcada para o dia 29 de maio.
Fonte:JH

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