segunda-feira, 4 de março de 2013

Programa de Cisternas no Alto Oeste Potiguar será concluído em duas semanas

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte está concluindo, através da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social-Sethas, o programa de cisternas na região do Alto Oeste Potiguar. Parte dos reservatórios já conta com uma pequena quantidade de água armazenada, graças às chuvas, ainda que de baixa intensidade, que caíram na região durante o mês de fevereiro, mas não garante, pelo menos até o momento, a dispensa do caminhão pipa.  As poucas chuvas não bastaram para encher os reservatórios. Com capacidade total para 16 mil litros, eles captaram menos de ¼ de água.

"Aqui sempre choveu pouco, mas esse ano está pior. A última chuva foi no dia 17 (fevereiro). De lá para cá não choveu mais", lamenta o agricultor familiar, Marcelino Caitano, da comunidade Caititu, na zona rural do município de Luís Gomes.

"Como não choveu muito a gente tem que poupar esse pouquinho que deu para juntar", explica a aposentada Maria de Lourdes Soares, da localidade Baixas, também no município de Luís Gomes, na região do Alto Oeste Potiguar, um dos mais castigados pela estiagem. Lá, a água é escassa e o acesso para se chegar ao pequeno povoado é difícil.

Aliás, foi justamente essa dificuldade de acesso um dos critérios para que a pequena localidade, onde vivem 28 famílias, entrasse no Programa Nacional de Cisternas (P1MC), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS.

O secretário estadual de Trabalho e Assistência Social, Luiz Eduardo Carneiro Costa, esclarece que o programa de cisternas, o maior já executado no Rio Grande do Norte, não é uma ação emergencial para a estiagem. "Trata-se de uma ação permanente de convivência com a seca. São reservatórios de alvenaria e que servem para o armazenamento de água das chuvas por muitos anos", explica.

As famílias beneficiadas pelo programa de cisternas foram pré-selecionadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O programa é fruto de um convênio entre o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Sethas, e o Governo Federal, por meio do MDS.

Foram priorizadas pelo programa, as famílias inscritas no Cadastro Único da Assistência Social (do Governo Federal) e residentes em localidades rurais onde o acesso a água é mais difícil. Para que o programa pudesse ser executado no Rio Grande do Norte, o Governo do Estado, através da Sethas, precisou fazer um desembolso de R$ 1,5 milhão, como contrapartida financeira.

Para Damião Santos, coordenador do projeto pelo Seapac, instituição que venceu a concorrência pública realizada pela Sethas para a execução do programa no Estado, o mais importante para essas pessoas é saber que "agora, quando as chuvas vierem, em qualquer tempo, eles terão água armazenada, em um reservatório apropriado, durante o ano todo, na porta de casa", reforça.

Na região do Alto Oeste, 14 municípios foram contemplados: Luís Gomes, Paraná, Marcelino Vieira, Venha Ver, Coronel João Pessoa. Segundo Damião Santos, em duas semanas todas as 1.301 cisternas previstas para a região estarão concluídas. Ele informa que 120 homens - parte deles, moradores da própria região - trabalham na construção dos reservatórios. No total, o programa prevê, até o final de junho, a construção de 3.100 cisternas de alvenaria em 47 municípios potiguares.

A cisterna de placa é uma tecnologia popular para a captação de água da chuva. A água que escorre do telhado da casa é captada pelas calhas e cai direto no reservatório, onde fica armazenada. Com capacidade para 16 mil litros de água, a cisterna supre a necessidade de consumo de uma família com cinco pessoas por um período de estiagem de, aproximadamente, oito meses. 
Fonte:Site do Governo do RN

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