quinta-feira, 7 de junho de 2012

Convulsão: um lapso passageiro

Causada por epilepsia ou em decorrência de lesões no cérebro, crise pode ocorrer quando menos se espera


Seu dia segue a rotina como em qualquer outro e, de repente, uma pessoa à sua frente cai, começa a se debater e você percebe que ela solta saliva pela boca. Se você já presenciou uma cena assim, sabe que isso pode acontecer quando menos se espera – e que nada mais é do que uma convulsão. Se ainda não vivenciou algo parecido, é bom saber como agir quando chegar a sua vez de socorrer alguém nessa situação.

"Uma crise convulsiva é a manifestação física das descargas elétricas das células cerebrais. Os neurônios começam a disparar impulsos elétricos de forma simultânea, desregrada, e aí acontece a forma convulsiva das crises epilépticas", explica o neurologista Roger Tuassig Soares, chefe de equipe do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. "Ou então uma pequena área do cérebro começa a emitir os impulsos em excesso, e as áreas vizinhas vão sendo afetadas na sequência até que o cérebro inteiro é tomado em uma convulsão."

De acordo com o médico, que é membro da Academia Brasileira de Neurologia e da American Academy of Neurology, não há idade certa para que as convulsões aconteçam. "Quando as crises começam na infância até o início da fase adulta, o mais comum é que a causa das crises seja a doença que conhecemos como epilepsia. Já quando elas começam na maturidade ou na velhice, é provável que seja sintoma de uma lesão no cérebro, como um acidente vascular cerebral ou um tumor", esclarece Soares. "De qualquer modo, quando as crises se iniciam é preciso fazer exames, como tomografia ou ressonância, para verificar se há alguma lesão no cérebro que precise de tratamento."

Segundo o neurologista, pessoas que têm outros membros da família com epilepsia estão mais sujeitas a terem o mesmo problema. "Hipertensos, diabéticos, fumantes e pessoas com colesterol alto têm maior risco de doenças vasculares cerebrais e, consequentemente, podem desenvolver a epilepsia. Além disso, os traumatismos cranianos também podem gerar crises."

Neurologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Valéria Santoro Bahia diz que a convulsão é um sintoma de algo adquirido como um acidente vascular, trauma, tumores, etc. "Antes da crise se iniciar, a pessoa pode ter alguns sinais, como mal-estar gástrico, visões estranhas e movimentos repetitivos de somente um membro do corpo", alerta a médica.
Fonte:folha universal

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