domingo, 4 de dezembro de 2011

Mitos e verdades das salas de aula

A educação no Brasil é um tema que divide opiniões, sejam elas abalizadas ou fruto do senso comum. Professores, alunos, pesquisadores e todos aqueles que se propõem a discutir o tema têm suas ideias, teorias e críticas específicas, algumas mais plausíveis, outras nem tanto. O que se nota, entretanto, é que por mais heterogêneos que sejam, estes pontos de vista acabam quase sempre levando a uma conclusão comum: a de que a qualidade do ensino público praticado no país ainda está aquém da expectativas da sociedade.
Uma rápida visita às escolas é suficiente para constatar a insatisfação tanto dos professores quanto dos alunos. Reclamando da desvalorização, os primeiros dizem que são os únicos responsabilizados pela má qualidade da educação. "Professor não é milagreiro. Ele trabalha com o que tem, faz o melhor com aquilo que lhe é oferecido, porém, isso não é o suficiente", diz a professora de química Karen Avelar. Em sua opinião, a situação não vai mudar enquanto a educação não seja encarada como prioridade para os governos.
Já a estudante Ketlyn Ohana de Sousa revela que se sente desestimulada a prestar atenção nas aulas por conta da maneira com a qual os conteúdos são abordados pela maioria dos professores. "Geralmente eles dão aquela aula chata em que a gente escuta, copia e pronto. É muito cansativo", diz. Para Fernanda Santos da Silva, o problema é não entender a necessidade de se aprender aquilo que é passado em sala de aula. "Tem coisa ali que a gente nem sabe se vai precisar um dia na vida", afirma.
A opinião das jovens revela a precariedade do sistema educacional da rede público. Para entender os fatores que fazem com que educação não tenha alcançado o patamar desejado, a Tribuna Do Norte procurou especialistas que descreveram os principais mitos e verdades do tema. Confira abaixo as opiniões da pesquisadora do IDE, Cláudia Santa Rosa, da diretora do Centro de Educação da UFRN, Márcia Gurgel e da secretária adjunta da SEEC, Adriana Diniz, sobre alguns dos pontos mais polêmicos como a remuneração dos professores, a relação da família e da escola e o desgaste do modelo pedagógico.

 DEBORA RAMOS
Da Tribuna do Norte

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