quarta-feira, 23 de novembro de 2011

RN quer produzir 5 toneladas de ouro

A disparada do preço do ouro e as incertezas quanto ao valor do dólar e do euro no mercado internacional fizeram ressurgir no Brasil a viabilidade econômica para ser retomada extração de pedras preciosas no Brasil, em especial o ouro. E, nesse cenário, o Rio Grande do Norte aparece bem, com previsão de produzir até seis toneladas de ouro por ano.
Essas informações foram publicadas em três páginas do jornal O Globo, do Rio de Janeiro, destacando a produção de ouro na região de Minas Gerais, mas destacou os investimentos que já estão sendo feitos em estudos para reativar minas e abrir outras no Rio Grande do Norte. O coordenador de desenvolvimento mineral Fábio Rodamilans, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SEDE), confirma as informações de o Globo.
Segundo ele, o subsolo do Rio Grande do Norte é rico não somente em ouro. Tem também em abundância ferro e xelita na região Seridó, calcário na região de Mossoró, rocha ornamental lainston na região de Apodi, gema, ametista, esmeralda, feldspato na divisa com o Estado da Paraíba e também nas imediações de Lajes. "Como você pode ver, o Rio Grande do Norte está em cima de muito minério, mas que não havia viabilidade de exploração; agora tem", diz Fábio Rodamilans.
Conforme os dados publicados pelo O Globo, os investimentos previstos em 2010 até 2015 eram de US$ 900 milhões na exploração de ouro, entretanto, depois que a cotação do ouro disparou 540%, o valor previsto de investimento das grandes empresas internacionais no Brasil pulou para 2,4 bilhões de dólares e isso não são valores corrigidos.
Desse montante, o Rio Grande do Norte tem uma fatia e é considerável. A Mina de São Francisco, distante 25km da área urbana de Currais Novos, onde a australiana Crusader está concluindo as pesquisas iniciadas há um ano, pretende produzir cinco toneladas por ano. As pesquisas na região Seridó do RN estão sob o comando Rob Smakman, que vive no Brasil há alguns anos. Para ele, a região é pouco explorada.
Confirmando os dados apresentados regularmente pelas mineradoras ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Rio Grande do Norte, que atualmente produz 60 gramas de ouro, vai passar nos próximos cinco anos a produzir até seis toneladas. As mineradoras que estão realizando estudos geológicos nas regiões do Seridó, Central e Alto Oeste não divulgam valores previstos quanto a investimentos; tratam isso em segredo.
A "gigante" australiana usa equipamentos sofisticados tanto na pesquisa como na exploração do ouro na região de Currais Novos. Mesmo assim, vai precisar de mão especializada, o que existe muito pouco no Rio Grande do Norte. Segundo Fábio Rodamilans, as próprias empresas em parceria com o Governo do Estado vão capacitar a mão de obra que precisa. Citou o exemplo da fábrica de cimento Mizu, em Baraúna, que capacitou seus funcionários para extrair calcário e fabricar cimento. No processo de reativação das minas de outro será o mesmo.

Fonte:jornal de fato

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