Campo Grande Rn-Exames feitos pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró apontam que o agente penitenciário federal Iverildo Antônio da Silva, morto no dia 23 de julho em uma operação feita pela Polícia Militar de Campo Grande, não atirou. Perícia feita na arma da vítima descarta a versão de uma troca de tiros. A ocorrência que resultou na morte do agente penitenciário federal foi reconstituída durante a madrugada de ontem. Polícia espera laudos para concluir investigação nos próximos dias.
O delegado Marcus Vinícius, que foi designado em caráter especial pela Delegacia Geral de Polícia Civil (DEGEPOL) do RN para investigar o caso, mantém-se afastado de conclusões iniciais. Ele coordenou ontem o processo de reprodução simulada da ocorrência policial e disse que só vai manifestar um parecer sobre o que realmente aconteceu na madrugada do dia 23 do mês passado após reunir todas as provas e finalizar o inquérito. Ele confirma, entretanto, que a versão de uma troca de tiros entre o agente e os policiais militares - dito inicialmente - foi descartada por exame pericial.
A arma da vítima não havia sido utilizada, de acordo com perícia feita pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró. Há ainda rumores de que a pistola do agente penitenciário estivesse inclusive travada, o que descartaria sua intenção de atirar. Por enquanto, o delegado lembra que o fato dele não ter atirado não o exime de um possível erro. Caso ele tenha sacado a pistola primeiro e apontado em direção aos militares, estaria dando subsídios para que os policiais disparassem. "É difícil alguém sacar uma arma e a outra pessoa, armada do outro lado, ficar parada", comentou.
Para Marcus Vinícius, o resultado da reprodução simulada da ocorrência, aliada as outras provas que já foram colhidas durante a investigação, vão lhe dar condições de concluir o que realmente aconteceu, já que existem divergências sobre a atuação dos envolvidos. "Fizemos a reinquirição das testemunhas e dos policiais que estavam envolvidos na ocorrência (para a reconstituição). Sempre fica alguma dúvida quando várias pessoas contam a mesma história. Todos foram colocados no local e a intenção era refazer toda a dinâmica daquela história e esclarecer dúvidas que surgiram", explicou.
Fonte: Tribuna do Norte
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